Canário Gloster (Serinus canarius)
Com origens muito bem documentadas, o Gloster é uma das raças de canários mais notórias nas exposições de canaricultura. A sua onomástica reporta-se a 1925, data em que foi apresentado no National Show (Cristal Palace), pela sua primeira criadora Mrs. Rogerson de Cheltenham, em Gloucestershire, Condado de Gloucester – Grã-Bretanha.
De estranha aparência relativamente ao standard actual dos canários de poupa, o Gloster ganhou de imediato um adepto de prestígio, Mr. John McLay, um conhecido juiz escocês que, em conjunto com Mr. Rogerson, estabeleceu os traços de referência para esta raça.
Gloucester, Inglaterra
As origens para o desenvolvimento do Gloster parecem resultar do cruzamento entre os “Crested Roller Canaries” e os “Smallest Borders” (SMITH, A.W., The Gloster Fancy Canary), associando desta forma as características do topete e porte, conjuntamente com os canários Harzer (estes classificados como canários de canto intenso). No entanto, actualmente esta raça tornou-se bastante diferente das suas origens e distinguem-se dois tipos: os Corona (com poupa/coroa) e os Consort (sem poupa/coroa).
O Standard do Gloster
O Canário Gloster, à semelhança de outras aves, obedece a determinado standard ou "estalão" que deve ser respeitado quando se apresentam a uma exposição e que, no fundo, representam as características consideradas ideais para esta raça. Precisamente por isso, pertencem ao VI Grupo, correspondente aos canários de plumagem lisa com e sem poupa e devem obedecer aos seguintes critérios de avaliação:
Comportamento e Alimentação
Os Gloster são canários muito simpáticos e afáveis, razões mais do que suficientes para me facilitar a escolha quando resolvi iniciar a criação destas aves. Para além de observadores, gostam de impressionar com a sua magnífica elegância, factor que aliado ao canto melodioso faz destes canários uma mais valia no mundo do canaricultura.
Na sua alimentação destaca-se a alpista (que é a base de qualquer ração para canários), complementando-se por vezes com algumas verduras e a respectiva papa vitamínica. É importante não esquecermos a administração de grit e ainda o osso de choco ou mesmo pedra mineral.
O conjunto de vitaminas existente no mercado é de vital importância para mantermos as nossas aves em condições óptimas de saúde. Devido à sua especificidade, serão abordadas ao longo deste blog quando tal se justifique.
Na sua alimentação destaca-se a alpista (que é a base de qualquer ração para canários), complementando-se por vezes com algumas verduras e a respectiva papa vitamínica. É importante não esquecermos a administração de grit e ainda o osso de choco ou mesmo pedra mineral.
O conjunto de vitaminas existente no mercado é de vital importância para mantermos as nossas aves em condições óptimas de saúde. Devido à sua especificidade, serão abordadas ao longo deste blog quando tal se justifique.
Reprodução
A criação de canários Gloster é relativamente fácil, uma vez que são excelentes progenitores e cuidam da sua prole de uma forma exemplar, no entanto, existem alguns aspectos a ter em conta e que devem ser respeitados para que consigamos obter bons exemplares. O cruzamento de Gloster Consort x Gloster Corona (ou vice-versa), assim como o cuidado com as cores (não cruzar intenso com intenso, por exemplo) são factores a ter em consideração. De todas as recomendações alusivas à criação de Glosters , é de salientar a mais significante: nunca cruzar Corona x Corona! O factor coroa (que não é mais do que uma deformação craniana) é um factor dominante, ou seja, se o cruzamento consistir em Corona x Corona estaremos a conjugar dois genes dominantes que se traduzem numa descendência débil em que a taxa de mortalidade rondará os 25%.
(Ninho de canários)
O ciclo reprodutivo dos canários Gloster decorre entre Fevereiro e Julho e dependerá das condições a que estiverem sujeitos. Relativamente à preparação dos casais, existem várias teorias que dependem do criador, contudo, a mais comum é colocar macho e fêmea lado a lado, em gaiolas diferentes e separadas por uma grelha que lhes permita a visualização. Na gaiola da fêmea deverá ser disponibilizado um ninho e um pouco de material (desperdício) para que o mesmo seja forrado. Os comportamentos mais evidenciados e que nos levam a crer que chegou a altura de formar o casal, passam pelo canto sistemático do macho e igualmente pelo seu afecto para com a fêmea (esta chega a ser alimentada pelo próprio macho). A fêmea, por seu lado, inicia a preparação do ninho, sinal evidente de que chegou a altura de juntar o casal.
A fêmea coloca uma média de 4 ovos (máximo de 6 ovos) que eclodem decorridos 13 a 15 dias e, em pouco menos de um mês, as crias estão prontas a deixar o ninho.